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sábado, dezembro 31, 2011

ECLETICISMO MUSICAL NO BLOG!!



A HISTÓRIA DA BALA CHITA - POR MARCELO DUARTE

 Meus caraos leitores

Uma das melhores lembranças que tenho de minha infância são as balas chita, na entrada do cinema lá na minha cidade Cachoeira do Sul. Pois bem acredite, mudei-me em virtude de meu trabalho para a zona sul do estado(RS), e acredite, aqui nem minha esposa, conhecia a bala chita!!! Só acreditaram em mim quando ela,minha esposa, foi a trabalho até minha cidade natal e me trouxe um pacote de 1 kg de bala chita… hehehe muito bom!!!Um grande amigo meu de infância, publicitário renomado, postou no seu facebook alguma coisa sobre a bala chita então, encontrei através de um outro blogueiro essa história que estou publicando, fascinante para quem conviveu um bom tempo e ainda convive com essa bala... Aí vai..

 

A história das Balas Chita

Pouco mais de um mês atrás, comentei aqui no Blog do Curioso as minhas lembranças da Bala Chita. O post acabou me rendendo um presente de uma leitora:  o Drops Chita (sabor original de abacaxi). Ele é durinho,  não é mastigável como a Chita que conhecemos.

Mas não vá se entusiasmando: esse novo tipo de Bala Chita já saiu de linha. Por causa das vendas baixas, a fabricante Cory resolveu tirá-lo de linha. Logo agora que eu descobri a novidade? A boa notícia é que dá para comprar a bala tradicional pelo site da marca. O problema é que só dá para comprar em pacotes de 600 gramas.
Um pouco da história da Chita. O produto foi criado em 1945 pelo espanhol João Rucian Ruiz, que projetou as máquinas para fazer  as primeiras balas mastigáveis do Brasil. O nome da bala veio da paixão que ele tinha pelos filmes de Tarzan. O primeiro sabor foi o de abacaxi. Depois vieram outros. Este anúncio, da época em que foi lançado o sabor uva, estampou o slogan “A macaca tá certa!” – uma alusão a um bordão do humorístico “Planeta dos Macacos”.

No começo dos anos 2000, a fabricante Santabina Alimentos, de Ribeirão Preto (SP), começou a ter um sucesso tão grande nas exportações que não dava conta do mercado nacional. A bala começou a ser vendida para África do Sul, Estados Unidos, Canadá, Líbano, Senegal e Japão. A produção diária chegava a 15 toneladas diárias, mas quase não sobrava nada para o mercado interno.

Em 2006, o doce passou a ser produzido pela Cory Alimentos, empresa que tem fábricas em Ribeirão Preto (SP) e Arceburgo (MG), e também fabrica as balas Icekiss, aquelas que vêm com mensagens de paquera dentro da embalagem.

sexta-feira, dezembro 30, 2011

TORRES, VALE A PENA CURTIR...

UM NOVO OLHAR SOBRE TORRES- FOTOS LUIS REIS.wmv

Meus caros leitores vale a pena curtir as fotos da mais bela praia gaúcha sob o olhar deste grande fotógrafo..!!!


GASTRONOMIA



Pizzaria Tamaju


foto da pizzaria
Foto da pizzaria
 
Prezados leitores e amigos

Depois de tantas propagandas de amigos, eu e minha família fomos na pizzaria Tamaju e, após comermos uma pizza de filé com fritas e uma diplomata- leia-se nada mais nada menos que filé(de verdade..!!) com 1molho madeira, muito queijo e um toque sublime de manjericão. Muito boa..!!!Para quem mora ou que venha visitar Pelotas, Vale a pena esperimentar..!!

http://www.tamaju.com.br/pizzaria.php

  

quinta-feira, dezembro 29, 2011

MÚSICA NO BLOG - CLÁSSICOS DO BLOG




CURIOSIDADES II - COMO FUNCIONA..?

 

Abastecimento de avião no ar

É como encher o tanque do carro. Só que a 30 mil metros de altura. E qualquer falha pode criar uma bola de fogo. Por isso o abastecimento no ar é para casos extremos, como guerras - quando não há solo amigo por perto, por exemplo. Aqui mostramos o exemplo do C-5M Super Galaxy, usado pela Força Aérea americana.

por Larissa Santana, Gabriel Gianordoli, Raphael Soeiro e Luciano Veronezi
1. Aproximação

Um avião carregado de combustível, o avião-tanque, fica na frente do que vai ser abastecido. A aeronave com tanque vazio reduz a velocidade de cerca de 820 km/h em cruzeiro para 500 km/h. Abaixo disso seria perigoso: em geral aviões só voam se estiverem a mais de 240 km/h.


2. Turbulência

O avião a ser abastecido recebe o ar que já passou pelas asas do avião-tanque. Isso gera turbulência. Hora de o piloto acionar um dispositivo chamado Pitch Trim, algo como uma asinha que ajusta o ângulo do avião suavemente e alivia a instabilidade.


3. Mangueira de combustível

Fica acoplada à fuselagem do avião-tanque. Para guiá-la até a válvula do avião a ser abastecido, um operador usa um manche (como os joysticks de simuladores de voo). Não há ajuda eletrônica, e o encaixe depende da atenção do operador. A mangueira tem 4,5 metros de comprimento e uma extensão de 2,5 metros.


4. Balanceamento

Enquanto é injetado, o combustível é distribuído por vários compartimentos - do contrário, um lado da aeronave pode ficar pesado demais. Cabe a um engenheiro de voo acompanhar o abastecimento e direcionar o combustível, usando botões em seu painel de controle.


5. Retirada da mangueira

Finalizado o abastecimento, fecha-se uma íris na ponta do injetor, (como o diafragma de uma câmera fotográfica), o que impede vazamentos na retirada da mangueira. Como as turbinas geram calor, qualquer gota vazada provocaria um incêndio.


São bombeadas por minuto até duas toneladas de combustível

Com tanque cheio e carga pela metade, um avião como o C-5M pode percorrer 10 mil km

É o suficiente para ir de São Paulo à Turquia sem escalas

A operação dura de 30 a 40 minutos

quarta-feira, dezembro 28, 2011

CURIOSIDADES

 

Segurar o xixi ajuda a tomar decisões

Psiquiatras da Universidade de Twente, na Holanda, demonstraram que ter bom controle da bexiga ajuda a evitar atitudes impulsivas. Numa experiência, pessoas que tomaram 5 copos de água fizeram escolhas menos imediatistas e mais vantajosas. Isso supostamente acontece porque segurar a vontade de urinar estimula o autocontrole.

GESTÃO DE PESSOAS

Mundo: 80% dos profissionais apresentam algum sintoma de depressão

 

A OMS considera como sintomas de depressão irritação, problemas para dormir, preocupação, perda de interesse e tristeza

Um levantamento realizado pela consultoria Rogen Si revelou que quase 80% dos profissionais apresentam sintomas de depressão. O estudo analisou países da África, Ásia-Pacífico, Europa, Oriente Médio, América do Norte, América do Sul e Reino Unido.

De acordo com o estudo, 23,2% apresentam cinco ou mais sintomas. Já 10,5%, quatro sintomas; 14,8%, três sintomas; 17,9%, dois sintomas; e 13,2%, um sintoma. Apenas 20,44% dos profissionais disseram que nunca apresentaram nenhum sintoma de depressão.

A Organização Mundial da Saúde considera como sintomas de depressão irritação, problemas para dormir, preocupação, perda de interesse, tristeza, dores de cabeça e cansaço constantes, dor muscular, falta de apetite, remorso, náuseas, se sentir desvalorizado, entre outros.

Muita cobrança 
A coordenadora de Consultoria da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Veridiana Germano, explica que casos de depressão são comuns em empresas em que os profissionais estão sobre pressão para alcançar metas e objetivos.

“A pessoa tem muitas tarefas ao mesmo tempo. O acúmulo de tarefas e serviços gera estresse”, acrescenta.

Por isso, para a especialista, o líder tem papel fundamental neste processo, já que ele deve avaliar se o funcionário não está sobrecarregado e se consegue desempenhar suas tarefas sem que o estresse afete a sua vida.

O que fazer 

No caso de ter alguém com depressão na equipe, Veridiana aconselha que o gestor acompanhe atentamente o profissional e tenha paciência, pois como se trata de um problema de saúde, o profissional terá seu desempenho afetado devido ao desânimo, tristeza, entre outros sintomas.

Já nos casos de depressão mais graves, a coordenadora alerta que, muitas vezes, é necessário que o profissional se afaste do trabalho. “É importante ter confiança neste profissional. A pessoa não é assim, ela está passando por uma fase ruim”, diz.

O líder também deve aconselhar e incentivar que a pessoa deprimida procure tratamento médico. Se for necessário, o colaborador deve passar até mesmo pelo médico do trabalho, que poderá auxiliar melhor quem está com depressão.

Em relação aos colegas, Veridiana aconselha que procurem apoiar e se mostrem disponível para ouvir quem está com depressão. Além disso, as pessoas devem tentar envolver ao máximo o outro nas atividades e até mesmo convidar para eventos externos da empresa.

ADMINISTRAÇÃO

Quer mudar o horário de trabalho? Saiba o que falar com seu gestor

 

Especialista dá dicas de como abordar o gestor de uma equipe para conseguir alterações no horário de trabalho

Conseguir uma alteração na carga horária de trabalho nem sempre pode ser tão fácil quanto se imagina, especialmente se as responsabilidades de um contratado exigirem uma dedicação especial em determinado momento do dia. Nestas ocasiões, dobrar o chefe sobre a importância de uma alteração em sua jornada pode ser mais complicado ainda. Mas será que existe uma maneira mais simples de resolver esta situação?
De acordo com a consultora da Muttare, Roberta Yono Ebina, sim, desde que o profissional tenha bom senso e clareza para expor a questão para seu gestor. “O colaborador precisa ser transparente e abordar seu supervisor, preferencialmente, logo no primeiro horário da manhã”, orienta.
Segundo ela, é justamente neste período que as atividades encontram-se mais tranquilas no escritório, o que certamente favorecerá tal solicitação. “Não espere que ele abra o e-mail corporativo ou comece a resolver outros problemas. Seja direto e sugira uma solução para a questão, mas lembre-se de apenas sugerir e não impor. A decisão final será sempre do executivo”, explica Roberta.

Decisão em equipe
Apesar de algumas empresas dependerem exclusivamente da decisão do empregador, outras costumam consultar a opinião da própria equipe para avaliar o impacto de uma alteração no horário de trabalho de um membro do time.
“Se a alteração for prejudicar a produção ela certamente será negada. Contudo, se a equipe, em conjunto, concluir que tem condições de cobrir o horário que tal colaborador estará fora da empresa, a mudança poderá ser feita”, esclarece.

E se ele falar não?
Se a resposta for negativa não há muito o que se fazer, afinal, ou o colaborador desafia o chefe e corre o risco de perder seu emprego ou aceita a decisão e mantém seu horário como está.
Segundo a sócia do escritório Benhame Sociedade de Advogados, Maria Lúcia Benhame, em uma situação como esta, quem manda é a empresa.
“Ela é quem define o horário do empregado, conforme explica o contrato pré-estabelecido no início do trabalho. Entretanto, vale lembrar que o empregador só não pode, com isso, prejudicar o trabalhador ou fazer uma alteração contratual discriminatória”, diz.
De acordo com ela, costuma ser considerado discriminatório mudar o turno de uma pessoa sem necessidade real, apenas com o intuito de forçar o funcionário a pedir demissão.

Cuidado especial
Além disso, é preciso ter cuidado com algumas carreiras em especial, como a de aviador internacional, por exemplo. “Em profissões como esta o empregador precisa respeitar o período de descanso e folga, pois qualquer alteração pode comprometer o desempenho do profissional e comprometer outras vidas”, conclui Roberta.

quinta-feira, dezembro 22, 2011

MÚSICA NO BLOG - CLÁSSICOS DO BLOG




Ter brancos constantemente


Com tanta coisa para lembrar, fica difícil não se esquecer do que você ia fazer 5 minutos atrás. Saiba como a sua memória funciona e o que fazer para não perdê-la

 

 

 

Computadores do tamanho de um fio de cabelo. Cérebros eletrônicos programados para entender as emoções do usuário. Bem-vindo ao mundo de Jean Paul Jacob. Ele é gerente do Centro IBM de Pesquisas, um dos laboratórios de tecnologia mais avançados do mundo, localizado em Almadén, na Califórnia, Estados Unidos. Doutor em Matemática e Engenharia, Jacob recebe todo dia mais de setenta e-mails. Atende cerca de trinta telefonemas. Conversa com dezenas de pessoas. É comum também dar palestras em todo o mundo, ocasião em que entra em contato com centenas de colegas e alunos. Na Internet, lê jornais e revistas eletrônicos. Para receber e processar tantas informações, é justo imaginar que ele tenha uma memória tão precisa quanto a dos supercomputadores que projeta, certo? Nem tanto. “Eu costumo esquecer tudo”, diz Jacob.


Maria Fátima de Módena, 45 anos, dirige uma empresa que monta feiras e exposições pelo Brasil. Logo depois de acordar, começa a ler os jornais. “Uso muito as notícias no meu trabalho”, diz. Em seguida, senta-se à frente do computador e abre as dezenas de e-mails que a esperam no início do dia. No serviço, o celular toca o tempo todo. “A pia do estande está vazando.” “Deu curto no sistema elétrico.” “O equipamento ainda não chegou.” E Fátima sai correndo de um lado para outro, acionando colaboradores, tomando providências. Há três anos, a executiva começou a esquecer coisas. “Minha memória estava péssima. Tinha brancos constantemente. Não conseguia guardar nenhum telefone. Até o da minha própria casa às vezes eu esquecia.”

Estresse? Não só. A avalanche de informações, uma das características mais marcantes do mundo contemporâneo, aqui ou em qualquer outro país, atinge em cheio a nossa habilidade de recordar. As folhas de fax, os programas de televisão, as notícias do jornal e até as matérias das revistas (opa!) representam uma quantidade de dados que parece ser maior do que aquilo que podemos guardar. Os psicólogos até já inventaram um nome para isso: síndrome da fadiga da informação. “Quando estamos abarrotados de dados, fica difícil se concentrar naquilo que realmente precisamos lembrar mais tarde”, diz a psicóloga Cynthia Green, coordenadora do programa de aprimoramento da memória da Escola de Medicina de Mount Sinai, em Nova York. “É muito mais um problema de assimilação do que de esquecimento.”

A assimilação (é bom repetir a palavra, isso ajuda a lembrar) é a primeira etapa do processo de memorização. Inicialmente, as imagens, os diálogos, movimentos, cheiros etc. são captados pelos sentidos.

Há um rearranjo no circuito cerebral, uma alteração na taxa de disparos químicos entre os neurônios –– as células que fazem a comunicação de dados no cérebro. Essa é a memória de curto prazo, que você usa rapidamente e esquece em seguida. Exemplo disso são os números de telefone, que vão para o espaço assim que você acaba de discá-los. Para que você possa acionar um dado uma ou duas semanas depois de tê-lo captado, é preciso convertê-lo em memória de longo prazo. Esse trabalho fica a cargo do hipocampo (veja o infográfico na página XX). É ele que entra em ação quando você decide quais as frases, os rostos e os números que devem ser arquivados para uso futuro. O hipocampo envia os dados para diferentes locais do córtex cerebral. Lá ocorre uma alteração química, dessa vez mais profunda, que fortalece as conversas entre as células da massa cinzenta. Quanto mais extensa e bem enraizada for a rede de neurônios, mais fácil será o acesso ao escaninho depois. “Mas, se você lida com a informação de maneira superficial –– surfando como um possesso pela Internet, por exemplo ––, não vai conseguir reter nada”, diz a psicóloga Cândida Camargo, do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Assim que as cenas, os sons, os cheiros etc. são integrados aos circuitos do cérebro, o hipocampo descansa e entra em cena o lobo frontal, estrutura responsável pelo processo de recordação. É ele que traz à tona todas as informações que foram devidamente estocadas. “O lobo frontal coordena as diversas memórias e é a parte do cérebro que o ser humano tem mais desenvolvida em relação aos animais”, diz o psicólogo Orlando Bueno, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). No lobo frontal, que é tão complexo quanto frágil, a memória de curto prazo e a de longo prazo se completam para formar aquilo que chamamos de raciocínio. Esse processo de recuperação de dados é o que falhou no cérebro do presidente Fernando Henrique Cardoso quando, há alguns dias, na inauguração de uma fábrica da General Motors elogiou, por engano, a Ford – arquiinimiga da GM.

Além do excesso de informações, a falta de memória pode ser provocada também pela depressão, pela ansiedade e pelo estresse. Uma pessoa com tendência ao baixo-astral, por exemplo, acaba se preocupando mais com o que a está aborrecendo do que com os outros aspectos da vida. Um ansioso tem muita dificuldade para se deter por muito tempo no mesmo assunto. O estresse, além de atrapalhar a concentração, pode interferir de outras maneiras. Suspeita-se que ele encolha o hipocampo e libere hormônios que danificam as moléculas transportadoras de energia, deixando o cérebro sem força suficiente para operar. Sem contar que existe um parentesco estreito entre o estresse e a síndrome da fadiga da informação. “Uma das principais causas da tensão é o excesso de conteúdo. Em qualquer função de chefia, a informação é tanta que o sujeito acaba esgotado. É quando você acorda à noite pensando em trabalho”, diz o neurologista Iván Izquierdo, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e um dos cientistas brasileiros mais prestigiados fora do país.

Os brancos de memória motivaram e motivam muitas experiências. No ano passado, cientistas da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, começaram a desenvolver a mais promissora das drogas destinadas a ajudar a memória. Depois de alterar o código genético de alguns ratinhos, eles conseguiram elevar a quantidade de receptores de NMDA (um tipo de neurotransmissor, a substância responsável pela comunicação entre os neurônios). Quando esses receptores são repetidamente acionados, ocorrem reações químicas que produzem uma espécie de ponte entre os neurônios e ajudam a fixar a memória. Calcula-se que daqui a oito ou dez anos já esteja disponível no mercado uma droga inspirada nesses estudos. Ela será útil para pessoas que sofrem de doenças degenerativas do cérebro, como as diversas demências e o Alzheimer, que danificam os neurônios. Mas o mais interessante é que, segundo o neurologista Joseph Tsien, diretor da experiência, ela também será útil para pessoas saudáveis que experimentam leves esquecimentos.

Há outras novidades no horizonte. Além de estimular a comunicação entre os neurônios, os novos experimentos buscam induzir, com segurança, sua multiplicação. E isso é algo extremamente recente no mundo da ciência. Até dois anos atrás, era tido como certo que neurônios não se reproduziam. Quando um morria, não era substituído. Agora, está comprovado que a memória não é formada somente pelos neurônios que acompanham a pessoa desde o nascimento. “Mesmo na idade adulta é possível contar com uma reserva de novos neurônios”, diz o neurologista Paulo Bertolucci, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Eles surgem a partir de células primordiais (ou células-tronco), que existem em todo o sistema nervoso e podem se especializar em atuar no interior do hipocampo. O desafio do momento é conseguir aumentar a produção dessas novas células cerebrais. “Supondo que possamos determinar os genes que ordenam essa multiplicação, seria só mudar essa chave”, diz. Algo que, de acordo com Bertolucci, só vai acontecer daqui a muitos anos. De todo modo, a possibilidade de aportar novos neurônios é uma ótima notícia para cérebros cansados de guerra, que já estão na situação de esquecer mais do que lembrar.

Claro, há riscos envolvidos. “O cérebro é o resultado de muitos anos de evolução do homem. Qualquer mudança artificialmente induzida poderia alterar esse equilíbrio”, diz Gilberto Xavier, neurofisiologista da USP. “Um crescimento dos receptores NMDA poderia levar a uma maior propensão à epilepsia, por exemplo.” É quase um curto-circuito. O sucesso da multiplicação dos neurônios depende basicamente de conseguir organizá-los. Do contrário, um crescimento desordenado poderia até virar um tumor.

Enquanto as pesquisas caminham, quem sofre com a perda de memória já achou alguns paliativos na farmácia. A droga mais popular é um medicamento fitoterápico de nome esquisito: o ginkgo biloba. O ginkgo é de uma família antiqüíssima de plantas, anterior até aos dinossauros. Para começar, ele deixa o sangue menos denso, fazendo-o correr mais rápido pelos vasos e levar mais energia e oxigênio para os neurônios.

Além disso, o ginkgo degrada alguns inimigos do cérebro, como a enzima MAO, que atrapalha as comunicações cerebrais, e os radicais livres, que viajam pelo corpo todo depredando e envelhecendo os tecidos.

Em uma pesquisa da Unifesp feita este ano, 23 sexagenários –– todos saudáveis –– tomaram uma cápsula de ginkgo por dia durante seis meses e se submeteram a vários testes. Um deles consistia em repetir, em uma prancha com nove quadradinhos, a seqüência de posições demonstrada. Antes de usarem o remédio, conseguiam repetir em média 3,4 posições. Depois, foram capazes de acertar 5,4. “Eles demostraram uma melhora de memória, de atenção e de aprendizado”, diz a psicóloga Ruth Ferreira dos Santos, responsável pela pesquisa. Mas o ginkgo tem suas limitações. Ao deixar o sangue mais diluído, o poder de cicatrização do indivíduo diminui e podem surgir sangramento internos.

Na falta de medicamentos totalmente confiáveis, a prática de exercícios físicos aeróbicos (levantar pesos, atividade anaeróbica, não ajuda em nada) aparece como um dos meios mais garantidos de manter uma boa memória. “Eles ativam a circulação do sangue, reduzem o estresse e a ansiedade”, diz o professor de Educação Física Marco Túlio de Mello, da Universidade Federal de Uberlândia, em Minas Gerais. As atividades em grupo também aprimoram a coordenação motora, que pode ser entendida como a memória que usamos para movimentar o nosso corpo.
Uma dieta balanceada, com refeições na hora certa, também contribui. “Quem acorda de manhã, toma uma xícara de café e sai para a rua corre o risco de ter uma memória menos ativa até a hora do almoço”, diz Orlando Bueno, da Unifesp. É que a energia necessária ao bom funcionamento do cérebro chega por meio dos alimentos. Acredite ou não, o próprio ato de mastigar, por si só, ajuda. Em uma pesquisa realizada este ano com ratos de laboratório, cientistas da Universidade de Gifu, no Japão, descobriram que o movimento das mandíbulas conserva as lembranças por mais tempo. Não se sabe ainda como isso acontece, mas se especula que ele reduza o estresse e aumente a irrigação do cérebro.

Há também exercícios mentais que podem estimular a memória. Um deles é acrescentar outros significados ao que você quer lembrar –– uma forma simples de fortalecer as conexões entre os neurônios. Todo bom professor de cursinho pré-vestibular sabe que isso funciona. “Não dá mais para passar conhecimento de uma maneira tradicional. A gente tem que usar piada, contar histórias, músicas e tudo o mais para que os estudantes consigam guardar o conteúdo das aulas”, diz Paulo Figueiredo, professor de Biologia do Curso Objetivo, em Lavras, Minas Gerais, que, aliás, está lançando o seu segundo CD com letras de biologia. O... humm, como é mesmo o nome dele?, ah, é mesmo, hipocampo terá seu nome mais facilmente gravado depois que você souber que ele deriva de uma palavra latina que significa cavalo-marinho. O nome é esse porque o formato do hipocampo lembra o do bicho.

Também é recomendável que você assuma o comando da massa de informações com que lida. Como? Não deixando que ela controle você. “Determine quando você está mais disponível a receber novos dados e tente limitar a absorção de conhecimentos novos a horas específicas”, diz Cynthia Green (aquela médica do Mount Sinai, em Nova York, lembra-se?). A atarefada Fátima (consegue lembrar quem é?) aprendeu a lidar com isso e hoje desliga o celular quando não está trabalhando.

Outra dica: não deixe toda a responsabilidade de lembrar para os seus pobres neurônios. Alimente uma espécie de memória paralela. Liste as coisas que você tem a fazer. Use muito a agenda. O gerente de treinamento da Johnson & Johnson, Roberto Zardo, 45 anos, recebe uma média de cinqüenta e-mails por dia, assina dois jornais, três revistas e navega todo dia na rede. “A entrada de informação é brutal”, diz. Para resolver a questão, decidiu se aliar à tecnologia. Sua agenda eletrônica guarda 706 números de telefone e 467 datas de aniversário. É mais de um parabéns por dia. O pesquisador Jacob também tem seus truques.

O primeiro é anotar praticamente tudo. Ele transforma em papeizinhos de recado todas as informações que vê ou ouve. Dá a elas um título (com indicações como “recomendo”, “preciso”) e depois passa para o computador, em que são organizadas em pastas de acordo com uma hierarquia de assuntos. “Eu não me lembro da informação, mas sim de onde ela está”, diz. Seus dados, compromissos, endereços e telefones se encontram todos em um disco rígido que ele carrega para todo lugar que vai e acopla diversos computadores. Até mesmo as conversas telefônicas podem ser incluídas nesse arquivo, pois ele grava cerca de vinte chamadas por dia. O recado é um só: tente liberar a cuca de tudo que puder ser armazenado em outro lugar.

Nas livrarias, existem vários livros cheios de promessas. Memória Turbinada, Como Ter uma Memória Superpoderosa. Coisas do tipo. Todos trazem exercícios que buscam ajudar a fixar os arquivos do passado. Alguns ensinam a construir associações tão infalíveis quanto estranhas. Considere, por exemplo, a seguinte frase: “Cavalo-marinho não é lobo mau.” Gravando-a, você poderá lembrar-se com mais facilidade de que tanto o hipocampo (cavalo-marinho) quanto o lobo frontal (lobo mau) estão relacionados ao armazenamento e à recuperação de informações, nessa ordem.

Bem, mesmo que você não aproveite tanto as dicas dos livros, saiba que o simples fato de ler já é um bom exercício para a memória. Ao ligar os novos conhecimentos ao que já sabe, você promove um caloroso diálogo entre seus neurônios, o que é fundamental para a construção das lembranças. Com tudo isso, temos certeza de que até os mínimos detalhes desta matéria ficarão para sempre na sua mente. Você vai se lembrar de que o ginkgo tem forma de cavalo-marinho, que o hipocampo pode se multiplicar e que os neurônios são vegetais que já existiam na época dos dinossauros.

Sinta o mundo à sua volta

Ou esqueça. Não adianta tentar se recordar do que você não gravou direito
1. Aquisição

Preste atenção. O primeiro passo é ver, cheirar, escutar, saborear ou tocar. Você só vai poder se lembrar de algo se isso for bem captado pelos sentidos. Ansiosos, deprimidos, estressados e cansados têm dificuldade para manter a concentração e acabam deixando passar muita coisa.

2. Armazenamento
Para guardar para sempre o que você aprendeu, seu cérebro precisa processar as informações no hipocampo. Ele seleciona os dados que podem ser expressos por meio de palavras e determina quais devem ser armazenadas no córtex. Doenças como o mal de Alzheimer e o estresse atacam e comprometem essa estrutura.

3. Recuperação
Trata-se do ato de se lembrar, quando você vasculha sua massa cinzenta à procura das informações espalhadas no córtex. Uma das estruturas que fazem esse serviço é o lobo frontal, que acaba ficando mais fraquinho com a idade.

Rato com memória de elefante

A genética e o aprendizado explicam as diferenças entre as pessoas
Você se lembra mais facilmente de cheiros, de imagens ou de situações? Cada um tem o seu modo particular de recordar. “A memória é metade determinada pelos seus genes e metade pelo que você fez durante a vida”, diz Gilberto Xavier, da USP. Assim, se durante sua infância você desenvolveu mais o seu ouvido, escutando música, terá a região responsável pela audição mais apurada.
Em outros casos, pode-se arriscar uma explicação genética. João Gordo, 36 anos, vocalista da banda Ratos de Porão, consegue se recordar da sua primeira festa de aniversário. “Lembro-me do meu avô e da muvuca toda”, afirma. Ele também se recorda da programação da televisão e de todos os nomes dos personagens de desenho animado e dos seriados. Dos Herculóides ao violento Telecatch, um programa de luta livre. A sua capacidade de guardar na memória, segundo o próprio, vai além. “Tenho 2 000 CDs e não encontro problema nenhum de achar uma música no meio deles.”
Outro caso notável é o do crítico carioca de cinema Sérgio Leemann. Aos 14 anos ele ganhou um livro com a ficha técnica de 2 000 filmes. Decorou todos. Ele é programador de sete canais de uma rede de televisão a cabo e consegue se lembrar de detalhes de quase todos os filmes que passam pelas suas mãos e pelos seus olhos. A sua memória guarda as principais informações de três revistas, quatro jornais, onze páginas da internet e oitenta e-mails que lê todo dia, enquanto planeja todos os filmes dos próximos três anos. Tudo isso sem esquecer os compromissos nem perder a chave do carro. “Sempre tive facilidade para me lembrar das coisas”, afirma.

É tudo mentira?

Por mais sincero que você seja, é  bom saber que nem tudo o que traz consigo é 100% verdadeiro
Você confia nas suas memórias de infância? Pois é melhor não ter tanta certeza. Elas podem estar cheias de coisas colocadas lá muito tempo depois de terem acontecido. São as memórias falsas. "Isso acontece quando você se lembra de alguma coisa específica, mas não do todo", diz o psicólogo Daniel Schacter, da Universidade Harvard, nos Estados Unidos. "Aí, na hora de reconstruir a cena, você pode usar inconscientemente a imaginação para preencher as lacunas."
Quando levadas a sério, as memórias falsas se tornam preocupantes. "Elas são a principal causa de prisões injustas", diz Schacter. Elas podem estar por trás de crimes polêmicos e relatos de seqüestros por extraterrestres. Em 1994, as manchetes dos jornais estamparam o caso de James Ingram, um policial que chegou a ser condenado a vinte anos de prisão por ter abusado sexualmente de suas duas filhas. O drama começou quando uma senhora de 60 anos anunciou numa igreja que alguém ali havia sido violentado quando criança. Uma das filhas de Ingram começou a chorar e disse que o pai a molestava. Durante semanas as duas irmãs revelaram detalhes terríveis sobre rituais satânicos e sessões de estupro cometidas pelo pai, que admitiu as atrocidades. Mais tarde, especialistas provaram que as histórias eram incoerentes. Ingram aceitou as acusações para agradar os policiais e psicólogos, ávidos por informações chocantes. “É aconselhável buscar relatos de outras pessoas sobre o passado para ter certeza de que ele realmente existiu”, diz Gilberto Xavier, da USP.
No filme Blade Runner, a bela andróide Rachael (Sean Young) recebe um implante com lembranças de outra pessoa. E se desespera ao saber que nenhuma das suas recordações é real, que nada daquilo aconteceu de fato com ela. A memória permitia-lhe acreditar que havia tido uma infância e que era tão humana quanto eu e você. Aliás, você tem mesmo certeza de que viveu tudo isso que está na sua mente?

quarta-feira, dezembro 21, 2011

Maia defende poder de investigação para CNJ

O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), defendeu que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) tenha poder de investigação, mas ressaltou ser preciso regulamentar qual a amplitude desse poder. "A investigação deve ser uma prerrogativa do CNJ. Ele está ali para regulamentar as ações do Judiciário. O nível e a forma como isso se deve dar talvez precise ainda de um regramento específico", disse. Maia afirmou que o ideal é determinar por lei as atribuições de instituições como o CNJ e destacou que o órgão precisa ser valorizado.

terça-feira, dezembro 20, 2011

AMIGO DA ASSOCIAÇÃO

Neste mês de dezembro de 2011, tive a honra de ser convidado para receber o troféu AMIGO DA ASSOCIAÇÃO DE CABOS E SOLDADOS DA BRIGADA MILITAR. A solenidade ocorreu na Sede da Associação em Pelotas. Isso devido ao fruto de muito trabalho e de laços de amizades que são construidos com muita dedicação e comprometimento com o serviço público e acima de tudo com mútuo repeito e valorização ao ser humano.
 Obrigado meus amigos, esse troféu vai também para todos os meus colegas, amigos e colaboradores da SUSEPE pois sem eles...

                                                

OS LÍDERES DO FUTURO

Quem serão os líderes de 2030?

 Os líderes do futuro precisarão de apoio para se adaptar a uma série de mudanças organizacionais que terão implicações sociais, políticas e econômicas

No ano em que atingimos sete bilhões de habitantes no planeta Terra podemos analisar algumas megatendências (processos transformacionais de longo prazo, numa escala global, com um escopo amplo e um impacto dramático) que deverão impactar a humanidade nos próximos anos, especialmente, em um Mundo onde ainda há muita fartura em alguns países e muita miséria em outros.

Alguns dados da ONU apontam que, em 2050, teremos dois bilhões a mais de habitantes no planeta. Este número trará impactos não só econômicos, mas também sociais e políticos. Como, por exemplo, aumentar em até 70% a produção de alimentos no Mundo, sem interferir no meio ambiente.

Como especialistas no desenvolvimento das melhores práticas no desenvolvimento de líderes, o Hay Group associou-se a Consultoria Z-Punkt, uma empresa especializada em previsões, baseada em Cologne, na Alemanha, com o objetivo de identificar as megatendências que terão maior impacto nas organizações e nas lideranças ao longo da próxima década. A análise de megatendências considerou o contexto global atual e projetado para os próximos 20 anos.

Mas, especificamente, a meta principal da pesquisa era entender como essas megatendências iriam afetar o trabalho e as práticas de liderança em três níveis diferentes: ambiente corporativo, organização, pessoas e equipes.Desta forma, foram identificadas seis megatendências que terão maior impacto para a liderança:

1. Globalização: Principais desafios – demandas cognitivas e estratégias/agilidade;

2. Mudança no clima e impacto ambiental: Principais desafios – raciocínio estratégico e conceitual (equilíbrio entre as demandas conflitantes do sucesso financeiro, a responsabilidade social e a custódia ambiental) - / impulsionar mudanças;

3. Individualismo e pluralismo de valor: Principais desafios – criação de lealdade/estrutura plana e flexível;

4. Estilo de vida digital: Principais desafios: Divisão indefinida entre a vida pública e privada, mudança no poder, maiores demandas de abertura, transparência, integridade, ruptura entre gerações;

5. Mudança demográfica: Principais desafios – criação de espaços virtuais de trabalho que sejam, ao mesmo tempo, apropriados para as atividades laborais e capazes de manter a conexão entre as pessoas;

6. Convergência de tecnologia: Principais desafios – Garantir conexão tecnológica entre as pessoas em tempo real e, ao mesmo tempo, com alto nível de "conexão emocional".

Os líderes do futuro precisarão de apoio para se adaptar a uma série de mudanças organizacionais que terão implicações sociais, políticas e econômicas. Os comportamentos mais relevantes neste processo envolverão resiliência, flexibilidade, inteligência emocional e social e, principalmente, um processo de auto- reflexão que seja capaz de provocar a mudança de comportamentos.